CENTRO UNIVERSITÁRIO XXXX XXXX
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO: PSICOPEDAGOGIA
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: CAUSA, EFEITO E INTERVENÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR.
Projeto de Monografia elaborado por XXXX como exigência do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia – CENTRO UNIVERSITÁRIO XXXX XXXX – sob orientação do Profº XXXX XXXX
Rio de Janeiro
Agosto de 2007
SUMÁRIO
Página
1. Introdução.......................................................................................................3
1.1 Problematização............................................................................................4
1.2 Delimitação....................................................................................................5
1.3 Objetivos Gerais ............................................................................................5
1.3.1 Objetivos Específicos .................................................................................5
1.4 Justificativa ....................................................................................................5
2. Fundamentação Teórica ...................................................................................6
3. Metodologia ......................................................................................................8
4. Bibliografia.........................................................................................................9
5. Cronograma.....................................................................................................12
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) parece ser uma preocupação importante, no que se refere às crianças em fase escolar, influenciando em seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.
Crianças desatentas e agitadas que causam constrangimento a seus pais e professores apresentam dificuldades de aprendizagem e de comportamento. Estas crianças podem ter o TDAH que pode ser uma desordem de comportamento na infância.
As crianças com TDAH, também podem apresentar dificuldades no desenvolvimento motor e enfrentar muitas dificuldades no cenário escolar. Assim, atenção dos professores tem se voltado, cada vez mais, as necessidades desses alunos.
Este tema tem sido o alvo de interesse de pesquisadores no âmbito da medicina, psicologia e educação por ser bastante evidenciado na nossa sociedade. Nessa visão, DUPAUL e STONER (2007:58) ratificam que: (...) avaliações deste transtorno devem ser conduzidas por profissionais médicos. (...) fica claro que os psicólogos escolares e outros profissionais têm a experiência e o conhecimento para se envolverem nesse processo.
Sendo assim, esse discurso contempla que o diagnóstico e o tratamento de alunos com este transtorno contam com a colaboração entre pais, equipe escolar, médicos, psicólogos, entre outros.
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
Com freqüência, pais reclamam da agitação do filho, sua inquietude, desatenção, enquanto os professores queixam-se de que seus alunos não obedecem a ordens, atrapalham as aulas e não prestam à atenção. Nesse contexto, o aluno é considerado como “avoado, estabanado, que vive no mundo da Lua”.
Assim sendo, algumas questões nortearão este estudo. A saber:
- Que estratégias podem ser utilizadas pela escola para minimizar a questão do transtorno?
- Quais as dificuldades encontradas por crianças com TDAH no processo de aprendizagem?
- De que forma os docentes identificam ou não alunos com este transtorno?
- Que recursos estão disponíveis para a abordagem aos problemas relacionados ao TDAH da criança?
- O currículo pode exigir habilidades além do nível de instrução do aluno?
- Quais características seriam ideais para um professor trabalhar com alunos com TDAH?
1.2. DELIMITAÇÃO
Levando em conta que TDAH é um transtorno que causa grande impacto na vida da criança e das pessoas com as quais convivem, estes podem ter dificuldades emocionais, de relacionamento familiar, social e também no processo de ensino aprendizagem. Sendo assim, o tema proposto exige limitações de várias naturezas:
- A primeira refere-se à questão conceitual abordada por autores especializados na última década.
- A segunda refere-se aos problemas que as crianças com TDAH apresentam no contexto escolar (causas, conseqüências e intervenção).
1.3 OBJETIVO GERAL
- Levantamento e análise da produção de autores em relação ao conceito TDAH e suas contribuições para o desempenho efetivo dos alunos em fase escolar.
1.3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Com esse estudo, pretende-se alcançar um conjunto de objetivos voltados para uma abordagem psicopedagógica. A considerar:
- Proporcionar ao professor condições de compreender e ajudar o aluno com TDAH em uma escola regular;
- Orientar pais de alunos com TDAH na melhor forma de ajudá-los quando descoberto o transtorno,
- Avaliar benefícios junto aos pais, comunidade, etc., com trabalhos de orientação e organização sobre o que é TDAH e os constantes problemas que eles causam (ex: comportamento e aprendizagem);
- Esclarecer à família e equipe escolar que ao perceberem atitudes diferentes e persistentes em seus filhos/alunos procurem ajuda de profissionais especializados;
- Desenvolver no aluno com TDAH o interesse em participar efetivamente do processo ensino-aprendizagem para que não haja evasão escolar;
1.4 JUSTIFICATIVA
Neste sentido, o presente estudo trata de algumas questões relevantes da área dos distúrbios da aprendizagem, em especial, neste trabalho dos Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade na resolução de problemas no início da escolarização.
O estudo tem por finalidade tentar esclarecer o conceito, as causas, conseqüências e intervenção acerca da participação do professor na construção do conhecimento do aluno com TDAH.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é descrito na revista médica Novartis como “distúrbio neurocomportamental mais comum na infância”, este distúrbio tem maior predominância em crianças em idade escolar, porém é pouco conhecido pela família e por profissionais da área educacional.
Na maioria das vezes, segundo GUEDES e THOMPSON (2004), este transtorno não apresenta uma causa conhecida, o que ocorre é a existência de teorias que tratam do assunto como: fatores neurológicos, predisposição genética, comprometimento do lobo frontal e anormalidades nos gânglios da base, entre outros.
Algumas pesquisas recentes mostram que disfunções neurotransmissores que atuam no lobo frontal provocam inibição de comportamentos inadequados, capacidade de prestar atenção, planejamento e autocontrole.
Com freqüência, pais reclamam da agitação do filho, sua inquietude, desatenção, enquanto os professores queixam-se de que seus alunos não obedecem a ordens, atrapalham as aulas e não prestam à atenção. Dessa forma, o aluno é considerado como “avoado, estabanado, que vive no mundo da Lua”.
O tratamento para esse tipo de transtorno é multidisciplinar e conta com o direcionamento das áreas cognitiva, emocional, social e pedagógica a fim de evitar transtornos sociais que podem aparecer ou não no decorrer do processo evolutivo da criança. Esse tratamento é feito através de profissionais capacitados como psicomotricista, neuropediatra, psicopedagogo, psicólogo e fonoaudiólogo. Essa intervenção pode ser obtida através do questionário de sintomas, história clinica e anamnese minuciosa que contemple uma avaliação funcional do comportamento da criança.
Apesar de todo esse processo, a dificuldade do TDAH, ultrapassa o cotidiano escolar, familiar e médico. Assim, é de suma importância que a escola receba orientação que ajude a criança no processo de desenvolvimento da sua autonomia, identidade e sua inserção no mundo que o cerca.
Caso não ocorra essa orientação ou esta não ocorra de maneira adequada, o risco de “fracasso escolar” é maior em crianças com este transtorno do que em crianças sem esse diagnóstico.
Segundo CHARLOT e PATTO (1990), os alunos que não conseguem obter êxito na aprendizagem escolar, são alvos de constantes críticas e discriminações por profissionais da educação que os consideram inadvertidamente, portadores de distúrbios/dificuldades de aprendizagem. Esses profissionais crêem que a culpa está na teoria (imposta pelo sistema) ou no aluno (não apresenta condições ideais para a aprendizagem escolar), por outro lado, a família culpa o aluno e o professor e assim por diante.
3. METODOLOGIA
No intuito de tentar sanar essas inquietações, tanto familiar quanto pedagógica, buscou-se por esmiuçar o tema em questão para uma melhor abordagem sem a emissão de juízo.
Para a realização do estudo em questão será realizada uma pesquisa bibliográfica com base em documentos de periódicos, livros, artigos, revistas, etc. para levantamento teórico e análise das prováveis intervenções pedagógicas.
Para GIL (1996:51) pesquisa documental é assim compreendida:
A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que podem ainda ser reelaborados de acordo com os objetos de pesquisa.
RUIZ (1986: 58) ratifica pesquisa bibliográfica definindo-a como: (...) exame manancial, para levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado assunto.
Assim, a escolha pela pesquisa bibliográfica se deu pelo fato destas resgatarem elementos que auxiliem a reconstituir e explicitar os conceitos e intervenções pedagógicas no âmbito escolar.
Numa primeira análise, alguns autores foram escolhidos para fundamentar questões conceituais relativas ao objeto, tais como: THOMPSON e GENES (2004), CHARLOT (2000), PATTO (1996), entre outros. Já para a concepção Psicopedagógica, foram escolhidos os autores: ROHDE e BENCZIK (1999), MATTOS (2007), DUPAUL e STONER (2007), etc.
O resultado deste estudo será de grande relevância para o trabalho de conclusão de curso, uma vez que se espera ser possível ou não conhecer os conceitos em circulação sobre TDAH e as intervenções que ocorrem com os alunos que apresentam o transtorno em questão.
Este estudo será organizado em quatro capítulos. O primeiro capítulo abordará o histórico do tema e outros aspectos teóricos – metodológicos. O segundo capítulo aprofundará a literatura especializada recortando o debate teórico sobre o tema. O terceiro, reserva-se à descrição do objeto de estudo e sua análise e, por fim, o quarto capítulo tentará responder aos objetivos iniciais do estudo seguido de considerações finais.
BIBLIOGRAFIA
BACHLER, S. D. Cómo Preparar uma tesis. Concepción de Chile: Universidad de Chile, 1993.
CHARLOT, B. Da relação com o saber: Elementos para uma teoria, Porto alegre: Artes Médicas, 2000.
DUPAUL, G. J & STONER G. TDAH nas escolas: Estratégias de avaliação e intervenção. São Paulo: M. Books do Brasil, 2007.
GENES, M. Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade/impulsividade (TDAH/I). In: Revista Sinpro – Dificuldades de Aprendizagem: compreender para melhor educar. Rio de Janeiro: Borelli, p.34- 42, maio/2004.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996.
GOLDSTEIN, S. & GOLDSTEIN, M. Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de atenção da criança. 7. ed. Campinas: Papirus Editora, 2001.
HERRERIAS. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Novartis Biociências S/A. São Paulo: s/d.
MATTOS, P. No Mundo da Lua: Perguntas e respostas sobre transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. 7ª ed. Ver. Atual - São Paulo: Lemos Editorial, 2007.
RUIZ, J. Á. Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 1986.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1997.
THOMPSON, R. Refletindo sobre a Educação Inclusiva no Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. in: Revista Sinpro – Dificuldades de Aprendizagem: compreender para melhor educar. Rio de Janeiro: Borelli, p.78-87, maio/2004.
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