segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PAINEL COM FILTRO DE PAPEL RECICLADO

Painel com flor

Resumo


Faça em casa um lindo painel com flor feito com filtros de café reciclados.

Você precisa de

Filtros de café
Pincel chato
Beterraba
Corante ocre
Tesoura
Cola branca
Papelão redondo
Tela de pintura

Link:http://comunidade.bemsimples.com/casa/w/casa/painel-com-flor.aspx

Passos

1 - Lave os filtros de café e deixe secar. Com um pincel, tire os resíduos.

2 - Tinja os filtros com a beterraba e o corante ocre.

3 - Recorte os filtros em forma de pétala, de acordo com os moldes. Prepare 20 pétalas grandes, 15 médias e 10 pequenas.

4 - Dê movimento a cada pétala passando a tesoura.

5 - Com cola branca, fixe as pétalas da rosa sobre o papelão redondo começando pelas menores no centro. Depois passe para as médias e, por último, cole as maiores. Intercale as peças a cada volta trabalhada.

6 - Cole o papelão com a rosa sobre a tela.
Importante

Especialista: Rosely Ferraiol
Categoria: Reciclagem

domingo, 22 de agosto de 2010

BEBÊS QUE JÁ NASCEM SABENDO

REPORTAGEM DA REVISTA SUPERINTERESSANTE DE AGOSTO DE 2010.

Psicólogos e neurocientistas estão descobrindo que o cérebro dos bebês não é uma página em branco. Eles são linguistas de mão cheia, trazem matemática de berço, são naturalmente solidários e preferem mocinhos a bandidos. O pai de um menino de 5 meses conta como a ciência está descobrindo o que pensam os bebês.

Um dia desses, relembrando com minha mulher o momento em que nosso filho nasceu, meus olhos se encheram de lágrimas de repente, e fiquei com a voz embargada no meio da conversa. No mesmo instante, nosso bebê de 5 meses parou de mamar e olhou para mim com carinha de assustado. Pode ter sido só coincidência, mas nos últimos anos a ciência me deu vários motivos para achar que ele entendeu o que eu estava sentindo.

E não é porque "essa moçadinha de hoje" é mais esperta. Ao contrário do que diz a lenda urbana, os bebês do século 21 não são pequenos Einsteins. A explicação é mais simples: para se encaixar na complexa vida social do Homo sapiens, é importante já nascer sabendo uma série de coisas. Psicólogos e neurocientistas estão descobrindo que o cérebro dos bebês não é uma página em branco (ou um anexo da mente materna, como apostam freudianos mais radicais). É um computadorzinho que já vem de fábrica com várias das regras sobre o funcionamento do mundo e das pessoas, pronto para absorver conhecimentos sobre o mundo à sua volta.

O repertório dos bebês é eclético: engloba fundamentos de matemática e física, facilidade para línguas, inteligência emocional e, pasme, filosofia moral. (Ao menos, preferência clara por mocinhos e aversão a bandidos.) Como acontece na vida adulta, meninos têm algumas capacidades mais aguçadas, enquanto meninas os superam em outras.

É claro que nem todas as habilidades se manifestam ao mesmo tempo e com a mesma intensidade, mas os estudos mais recentes deixam claro que nossos bebês não têm nada de bobinhos: nós é que não estávamos prestando tanta atenção neles quanto eles estavam prestando em nós.

Questão de método

Um dos maiores obstáculos da psicologia do desenvolvimento, o ramo que estuda a mente dos bebês, é metodológico: como descobrir o que um nenê está pensando? Crianças novinhas não falam, e só a partir de 1 ano começam a entender perguntas simples. "Como eles são descoordenados, também não podemos usá-los em experimentos com labirintos ou alavancas, como os que se fazem com ratos e pombos", brinca o psicólogo Paul Bloom, da Universidade Yale (EUA).
Bloom trabalha com Karen Wynn, sua mulher, no Centro de Cognição Infantil de Yale, desenvolvendo justamente jeitos de entrar na cabeça dos pequenos. Um dos truques envolve chupetas ou mamadeiras com medidores de pressão: vários experimentos mostraram que, quanto maior a força da mamada, maior a surpresa e/ou interesse.

A análise empregada com mais frequência e sucesso, no entanto, é ainda mais singela: a do olhar. Com as câmeras atuais, é possível rastrear com precisão para onde os nenês estão olhando durante um experimento. Igualzinho aos adultos, eles tendem a olhar por mais tempo para coisas que chamem atenção e desviar os olhos quando a cena já ficou chata. Medir a frequência do olhar é simples, mas ajuda os cientistas a entender reações sutis a todo tipo de situação.

É claro que, mesmo com todo esse planejamento, alguns bebês simplesmente não estão muito interessados em cooperar, seja pegando no sono, seja abrindo o berreiro diante da situação estranha. Por isso, Bloom costuma brincar que a psicologia do desenvolvimento é "a ciência do bebê alerta".

Baby Newton

Os pequenos que aguentam sem frescura o ambiente de laboratório são responsáveis, entre outras coisas, por derrubar um antigo mito: a ideia de que bebês acham que as coisas deixam de existir quando somem da sua vista. Uma das razões pelas quais se acreditava que as crianças pequenas não tinham permanência de objeto envolve a brincadeira clássica de esconder o próprio rosto atrás de algo e depois gritar "achou!" A surpresa e o riso na sequência seriam indícios de que o nenê estaria pensando "Nossa! Ele sumiu e agora está aí de novo!"
No entanto, experimentos conduzidos por Karen Wynn mostraram que não só os pequenos sabem que objetos ocultos não somem para outra dimensão como têm alguma noção de aritmética. Usando um pequeno palco, Wynn mostrou que os bebês de 5 meses redobravam a atenção quando os fantoches com que haviam se acostumado de repente se transformavam em 3 ou apenas 1 - ou seja, quando as contas não batiam.

Outros estudos, capitaneados por Elizabeth Spelke, da Universidade Harvard (EUA), investigaram se os bebês têm alguma ideia de como funciona a física do mundo real - coisas como a gravidade que atraiu a maçã na direção da cabeça de Isaac Newton, como reza a lenda. Pois os bebês prestaram muito mais atenção em situações que desafiavam as leis da física, como uma caixinha que permanecia flutuando em vez de cair. Isso sugere que, desde muito cedo, eles já possuem expectativas "racionais" sobre como objetos devem se comportar.

Não é difícil imaginar o porquê disso. Embora nasçam totalmente indefesos e descoordenados, nossos filhotes logo começam a interagir fisicamente com o mundo ao seu redor, primeiro com os lábios e as mãozinhas e, conforme o tempo passa, preparando os membros para engatinhar e andar. Ter alguma noção do comportamento de objetos sólidos ajuda os pequenos a calibrar seus movimentos na medida certa e evita machucados, entre outras coisas.

Meninos e meninas

Quem cresceu sob o impacto de ideias liberais e feministas talvez tenha tentado educar seus bebês, desde o berço, para que eles não vissem distinção entre homens e mulheres. Pais mais revolucionários podem até ter dado carrinhos às meninas e bonecas aos meninos. Afinal de contas, esse negócio de diferença entre os sexos é só uma convenção da nossa cultura machista judaico-cristã ocidental, certo?
A neuropsiquiatra americana Louann Brizendine, da Universidade da Califórnia em São Francisco, bem que tentou seguir essa cartilha. "Quando meu filho tinha 3 anos, comprei uma Barbie para ele. Achei que ia ser bom vê-lo brincar em situações cooperativas e não agressivas. A primeira coisa que ele fez foi pegar a Barbie pela cabeça e dar um golpe no ar com as perninhas compridas dela, como se fosse uma espada, e gritar 'Éééé!!! Toma isso!!!'", lembra Brizendine.

Autora de Como as Mulheres Pensam e The Male Brain ("O Cérebro Masculino", sem edição brasileira), Brizendine hoje reconhece que não deveria ter sido tão ingênua. "Desde a fase fetal, o cérebro dos meninos é banhado por hormônios masculinos, o que faz com que eles desenvolvam padrões de comportamento diferentes dos das meninas", explica ela.

Sim, o processo de masculinização começa no ventre. Até a 8ª semana de gestação, todos somos meninas, mas a partir dessa etapa de gravidez os fetos masculinos começam a merecer o nome. O projeto de clitóris se transforma em pênis. A pré-vagina se fecha e incha, dando lugar à bolsa escrotal, para onde descem os ex-ovários que agora serão testículos. Até cerca de 1 ano de idade, os garotos passam pela chamada puberdade infantil, quando os níveis de testosterona são equivalentes aos de um homem adulto.

Com tudo isso, as diferenças entre os bebezinhos dos dois sexos muitas vezes são claras. Em média as meninas são mais interessadas em interações sociais, enquanto os garotos concentram sua atenção em objetos curiosos e brinquedos, em especial os que se mexem. "Com 6 meses, as meninas olham mais tempo para rostos e buscam interagir mais. Já os meninos tendem a desviar o olhar de outras pessoas com muito mais frequência", diz Brizendine. O filho deste repórter, de fato, é fissurado em móbiles coloridos e musicais: dá para engambelá-lo por pelo menos meia hora com a ajuda do brinquedinho, uma bênção para um casal que está tentando almoçar em paz. Mais curioso ainda: entre um ano e meio e 2 anos de vida, enquanto as meninas são capazes de decifrar as mais diferentes expressões no rosto de sua mãe, em especial quando a genitora está brava ou não quer que a filha mexa em alguma coisa, parte do cérebro dos garotos parece programada para desligar nessa hora, ignorando os sinais maternos. Os pesquisadores especulam que esse mecanismo ajuda os meninos a desenvolver uma personalidade, em média, mais aventureira e exploradora, importante para vencer no mundo masculino.

Fala que eu te escuto

Diferenças à parte, tanto meninos quanto meninas são soberbas maquininhas de aprendizado quando se trata de dominar uma ferramenta fundamental: a linguagem. Todos temos uma língua materna e não precisamos pensar nem meio segundo para utilizá-la. Mas não nos damos conta da quantidade de informação implícita que está por trás da fala.
São dezenas de milhares de palavras de vocabulário, regras de sintaxe, maneiras corretas de pronunciar cada som - a lista é imensa. O consenso entre os pesquisadores é que, simplesmente ouvindo os outros, os bebês não conseguiriam, sozinhos, driblar as regras da gramática para aprender a falar. O mais provável é que o cérebro deles já possua um kit básico de linguística, com características genéricas compartilhadas por todos os idiomas. Depois, elas são "preenchidas" com os detalhes de cada língua.

Aliás, bebês de 4 meses, por incrível que pareça, conseguem ler os lábios de adultos - ao menos para saber que língua eles estão falando. A canadense Whitney Weikum, da Universidade da Colúmbia Britânica, mostrou isso ao colocar diante dos pequenos alguns clipes - mudos - de pessoas lendo O Pequeno Príncipe em inglês ou francês, dependendo da língua materna da criança. "Fizemos os bebês ficar entediados de tanto ver clipes na própria língua. Quando eles estavam cansados daquilo e paravam de olhar para a tela, mostrávamos o clipe na outra língua", conta a pesquisadora. Conforme o previsto, diante de um idioma diferente, o interesse voltava.

A atração por idiomas diferentes submerge a partir dos 6 meses, como se o bebê precisasse largar as distrações para focar no aprendizado da língua materna. Mas ela permanece em lares bilíngues - o que mostra que pais que quiserem criar poliglotas têm de estimulá-los desde muito cedo.

Bebês solidários

Se eu já tivesse lido o clássico "A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais", escrito pelo pai da biologia evolutiva, Charles Darwin, provavelmente não ficaria tão surpreso com a reação do meu filho quando chorei. Darwin conta que seu filho mais velho fazia a mesma coisa quando sua babá fingia cair em prantos, aos 6 meses de vida. "Qualquer bebê tende a chorar quando ouve gravações de bebês chorando, conta Paul Bloom. Por muito tempo se achou que o bebê acreditava que choro era dele mesmo. Mas pesquisadores compararam a reação dos bebês ao próprio pranto e ao de outras crianças: eles choram mais quando escutam outros bebês.
As crianças vão além na solidariedade: a partir de 1 ano de idade, tendem a consolar ativamente quem parece estar chateado, fazendo carinhos, oferecendo brinquedos ou até a mamadeira. Um experimento do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha, mostrou que bebês de 18 meses, quando percebem que um adulto está tentando abrir uma porta com as mãos ocupadas, ajudam o sujeito espontaneamente, apenas por reparar que ele precisa.

Resultados mais impressionantes ainda vieram de uma série de experimentos conduzidos por Bloom e seus colegas. A variante mais comum dos testes envolve um jogo em que personagens têm formas geométricas. Numa das versões, o círculo tentava subir uma ladeira, com dificuldade. O quadrado tentava ajudar o "amiguinho", empurrando-o ladeira acima, enquanto o triângulo atrapalhava, forçando o círculo para baixo.

O que os pesquisadores descobriram é que crianças de 5 ou 6 meses para cima olhavam mais fixamente para a cena quando o triângulo "malvado" entrava em ação. Quando o experimento era feito com fantoches, os bebês tinham a oportunidade de escolher um dos personagens para brincar. Em quase 100% dos casos, as crianças queriam brincar com o quadrado "bonzinho", o que sugere que elas sabiam diferenciar e preferiam os personagens cooperativos aos de má índole.

Em versões mais refinadas do experimento, elas podiam recompensar os fantoches por suas ações. O interessante é que elas não recompensavam só os "bonzinhos" mas também aqueles que puniam os "malvados". Bloom conta que, num dos casos, o bebê resolveu fazer justiça com as próprias mãos - deu um tapinha no boneco "do mal".

Por tudo isso, parece seguro afirmar que os bebês já têm alguma noção do que é um comportamento "justo" em contextos sociais, um embrião das nossas próprias noções de certo e errado. Contudo, outros experimentos revelam que a moralidade infantil pode ser um tanto restrita, até meio tribal. Bebês também preferem o rosto de pessoas da etnia com a qual estão mais familiarizados, por exemplo, e se sentem mais tranquilos com pessoas que falam a língua de seus pais. Preconceitos desse tipo, portanto, podem ter raízes profundas.

Seja como for, o que está claro no que a ciência já conseguiu revelar sobre a mente dos bebês é que eles já são seres humanos complexos e cheios de facetas. Há muito a descobrir, mas parece justo dizer que o tesouro que todo pai tem nas mãos é ainda maior do que imaginava.

Não existe receita simples para que todo esse potencial se desenvolva ao máximo. Afinal, gerações e gerações de seres humanos do passado conseguiram criar bebês inteligentes e saudáveis sem DVDs de Mozart ou móbiles eletrônicos. Mas algumas coisas nunca mudam: carinho e estímulo alimentam qualquer bichinho essencialmente social como são os nossos filhos. Do meu ponto de vista, quero que ele não perca sua paixão pelos aviõezinhos de pelúcia, mas tenha uma mente capaz de abarcar girafas, montanhas e o Universo. Quanto mais cedo, melhor. Mal posso esperar.

Entenda o bebê

Olhares

As câmeras mais modernas comprovaram: bebês enxergam como adultos. Observam o que é interessante, desviam os olhos do que é monótono. Sempre que o bebê encarar algo, é sinal de que ele quer saber mais sobre aquilo - ou aquele assunto de que você está falando.

Reações

Bebês acompanham o clima à sua volta, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Choram ao ouvir o choro de outras crianças e, com o tempo, aprendem a consolar quem está triste - do jeitinho deles, oferecendo um brinquedo ou a mamadeira. É uma ferramenta evolutiva: empatia com o grupo aumenta chances de sobrevivência.

Interesses

Não é invenção do capitalismo para vender brinquedos: meninos gostam mais de objetos curiosos e brinquedos que se mexem, enquanto meninas são mais atraídas por brincadeiras que envolvem interações sociais - mesmo que simuladas, como "chá com as bonecas". Fica a dica do presente.

Matemática na creche

Conheça o experimento em que nenês estranham quando as contas não fecham

1. Programação normal

O primeiro passo é mostrar para um bebê de 6 meses um palco com dois fantoches. Os bonecos passam um tempo ali até que a criança se acostume com a presença deles.

2. Troca nos bastidores

No meio do espetáculo, parte do palquinho é encoberto, deixando só um boneco à mostra. Atrás da cortina, um terceiro boneco entra em cena.

3. Conta "errada"

Quando surgem 3 fantoches onde antes havia 2, os bebês prestam muito mais atenção. É como se ele pensasse: "1+1=2, a conta não está certa".

Objetos diretos

Reação a truques de mágica mostra que bebês entendem leis da física
1. Cientistas mediram a reação de crianças de 5 meses a cenas banais: carrinho levando um boneco, caixa que cai no chão, brinquedo que permanece onde está. Previsivelmente, elas não deram muita bola.

2. Quando os mesmo objetos apareciam desafiando as leis da física - carrinho que perde passageiro, caixa flutuante, caixinha que some e surge noutro lugar -, a atenção redobrava. Isso sugere que os bebês pensam nos objetos como os adultos: unidades sujeitas a gravidade, espaço e tempo.

Amigos e inimigos

Estudos provam que bebês têm noção de solidariedade
1. Crianças de 9 meses assistiram desenhos em que um círculo tenta subir uma montanha. Ele é ajudado por um quadrado e dificultado por um triângulo.

2. Em seguida, o círculo se aproxima do quadrado (o bom), o que os bebês aprovam. Mas, quando o círculo dá papo para o triângulo mau, eles estranham muito.

3. Em uma variação com um losango como personagem neutro, o bem segue preferido e o mal preterido.

Olho por olho

Onde houver injustiça, leve um bebê: ele saberá o que fazer
1. Neste experimento, os psicólogos queriam testar o senso de justiça de crianças de 1 ano. Em uma animação, um personagem bonzinho era elogiado por um sujeito e reprimido por outro. Conforme esperado, os bebês preferiram o primeiro.

2. Mas o interessante acontecia na animação seguinte: surgia um personagem mau, que também era elogiado por um sujeito e reprimido por outro. Na hora de escolher entre esses dois, supresa: bebês rejeitam o simpático que deixa o mau impune; preferem o antipático que fez justiça.

Crenças de ontem, crianças de hoje

Novas pesquisas revolucionaram antigos conceitos sobre nossos filhotes
O que se dizia - Tábula rasa / "As crianças nascem sem nenhum conhecimento. Tudo o que aprendem vem do ambiente. Sem a cultura de seus pares, o ser humano seria irracional."

O que se sabe - Sistema operacional / Existem fortes indícios de que nosso cérebro já vem com instruções básicas sobre o mundo e as pessoas, que servem para o resto da vida.

O que se dizia - Chupeta banida / "O uso de chupeta interfere na amamentação, deixa a criança mais exposta a infecções de ouvido, atrasa o desenvolvimento da fala e causa dependência psicológica."

O que se sabe - Chupeta tolerada / Se não for usada depois dos 3 anos, ela não tem influência significativa na saúde ou no desenvolvimento. E, está comprovado, acalma o bebê.

O que se dizia - Assexuados / "As identidades masculina e feminina são construções culturais. No que tange a gênero, viemos ao mundo como um papel em branco, preenchido pela sociedade."

O que se sabe - Macho e fêmea / Desde a gestação o cérebro dos meninos é inundado de hormônios masculinos. Isso influi em comportamentos diversos mais adiante, como a preferência do homem por desafios e conflitos.

O que se dizia - Não sai daqui / "Só quando a criança fica maior é que a gente pode dar liberdade para ela brincar pela casa. Antes ela não tem coordenação motora para isso."

O que se sabe - Deixa Correr / Pode parecer contraintuitivo mas, quanto mais você deixar a criança solta, menos ela se machucará. Prendê-la é atrasar o desenvolvimento dos músculos e da sua coordenação motora.

Preconceito de berço

Bebês tendem a aceitar divisões arbitrárias como suas
1. Iguais e diferentes

Para testar a reação da criança à inclusão e exclusão social, pegam um grupo de bebês que nunca se viram e vestem metade com camisetas amarelas e metade com camisetas azuis.

2. Estranho no ninho

Se uma criança de amarelo é colocada no meio das de azul, ela se torna mais inquieta e dispersa, faz tudo com um pé atrás. Outros estudos mostram que bebês preferem rostos da raça que lhes é mais familiar e até pessoas que comem o que sua família come.

Para saber mais

Descartes’ Baby Paul Bloom, Perseus Books, 2005.
The Philosophical Baby Alison Gopnik, FSG, 2009.

The Male Brain Louann, Brizendine, Broadway, 2010

FONTE:http://super.abril.com.br/home/

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Qual é a diferença entre o mestrado acadêmico e o mestrado profissional?

Qual é a diferença entre o mestrado acadêmico e o mestrado profissional?

"Mestrado Profissional" é a designação do Mestrado que enfatiza estudos e técnicas diretamente voltadas ao desempenho de um alto nível de qualificação profissional. Esta ênfase é a única diferença em relação ao acadêmico. Confere, pois, idênticos grau e prerrogativas, inclusive para o exercício da docência, e, como todo programa de pós-graduação stricto sensu, tem a validade nacional do diploma condicionada ao reconhecimento prévio do curso (Parecer CNE/CES 0079/2002).

Responde a uma necessidade socialmente definida de capacitação profissional de natureza diferente da propiciada pelo mestrado acadêmico e não se contrapõe, sob nenhum ponto de vista, à oferta e expansão desta modalidade de curso, nem se constitui em uma alternativa para a formação de mestres segundo padrões de exigência mais simples ou mais rigorosos do que aqueles tradicionalmente adotados pela pós-graduação.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é responsável por regular a oferta de programas de mestrado profissional por meio de chamadas públicas e avaliar os cursos oferecidos. A regulamentação que pretende incentivar essa modalidade foi publicada no dia 23 de junho no Diário Oficial da União pelo Ministério da Educação (MEC).

A PORTARIA NORMATIVA N 7, DE 22 DE JUNHO DE 2009 tem como objetivo regulamentar o mestrado profissional, modalidade esta que estava sem regulamentação no país.

São basicamente três mudanças em relação ao mestrado acadêmico:

O Artigo 6º diz que: "As propostas de cursos de mestrado profissional serão apresentadas à Capes mediante preenchimento por meio eletrônico via internet do Aplicativo para Cursos Novos -
Mestrado Profissional (APCN-MP), em resposta a editais de chamadas públicas ou por iniciativa própria das instituições, dentro de cronograma estabelecido periodicamente pela agência."

OBS: veja que antes as propostas de cursos de mestrado profissional eram apresentadas e avaliadas no mesmo formato do Mestrado Acadêmico, agora terão um aplicativo e avaliação específicos. Como você pode ver no Artigo 9º: "A análise de propostas de cursos, bem como o acompanhamento periódico e a avaliação trienal dos cursos de mestrado profissional, serão feitas pela CAPES utilizando fichas de avaliação próprias e diferenciadas."

- A segunda mudança está relatada à frente. Veja o destaque em vermelho. O parágrafo 1º da alínea IX do Artigo 7º tem a seguinte redação: "O corpo docente do curso deve ser altamente qualificado, conforme demonstrado pela produção intelectual constituída por publicações específicas, produção artística ou produção técnicocientífica, ou ainda por reconhecida experiência profissional, conforme o caso."

- A terceira mudança é com relação ao trabalho de conclusão final. Antes da portaria normativa, os trabalhos deveriam ser apresentados em formato de dissertação, como nos mestrados acadêmicos. Agora, o 3º parágrafo da alínea IX do Artigo 7º diz o seguinte: "O trabalho de conclusão final do curso poderá ser apresentado em diferentes formatos, tais como dissertação, revisão sistemática e aprofundada da literatura, artigo, patente, registros de propriedade intelectual, projetos técnicos, publicações tecnológicas; desenvolvimento de aplicativos, de materiais didáticos e instrucionais e de produtos, processos e técnicas; produção de programas de mídia, editoria, composições, concertos, relatórios finais de pesquisa, softwares, estudos de caso, relatório técnico com regras de sigilo, manual de operação técnica, protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de intervenção em procedimentos clínicos ou de serviço pertinente, projeto de aplicação ou adequação tecnológica, protótipos para desenvolvimento ou produção de instrumentos, equipamentos e kits, projetos de inovação tecnológica, produção artística; sem prejuízo de outros formatos, de acordo com a natureza da área e a finalidade do curso, desde que previamente propostos e aprovados pela Capes".

A regulamentação do mestrado pretende atender às seguintes necessidades:

1- Necessidade de estimular a formação de mestres profissionais habilitados para desenvolver atividades e trabalhos técnico-científicos em temas de interesse público;

2- Necessidade de identificar potencialidades para atuação local, regional, nacional e internacional por órgãos públicos e privados, empresas, cooperativas e organizações não-governamentais, individual ou coletivamente organizadas;

3- Necessidade de atender, particularmente nas áreas mais diretamente vinculadas ao mundo do trabalho e ao sistema produtivo, a demanda de profissionais altamente qualificados;

4- Possibilidades a serem exploradas em áreas de demanda latente por formação de recursos humanos em cursos de pós-graduação stricto sensu com vistas ao desenvolvimento socioeconômico e cultural do país;

5- Necessidade de capacitação e treinamento de pesquisadores e profissionais destinados a aumentar o potencial interno de geração, difusão e utilização de conhecimentos científicos no processo produtivo de bens e serviços em consonância com a política industrial brasileira;

6- Natureza e especificidade do conhecimento científico e tecnológico a ser produzido e reproduzido;
Relevância social, científica e tecnológica dos processos de formação profissional avançada, bem como o necessário estreitamento das relações entre as universidades e o setor produtivo.

Avaliação da qualidade dos cursos

A Capes vai tratar da aprovação de novos cursos, da avaliação anual e trienal assim como já é feito com os cursos de mestrado acadêmico e doutorado. Atividade esta que garante a qualidade e a excelência desses cursos de pós-graduação no país. Veja o que diz o parágrafo único do Artigo 9º - "A avaliação será feita por comissões específicas, compostas com participação equilibrada de docentes-doutores, profissionais e técnicos dos setores específicos, reconhecidamente qualificados para o adequado exercício de tais tarefas."

Agora, veja na portaria o Artigo 10 em que estão relacionados os parâmetros para o acompanhamento e avaliação dos cursos.

Para quem procura um Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública estão abertas as inscrições para o público que pretende concorrer nas 100 vagas destinadas aos convênios firmados com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e Instituições de Ensino estão abertas no site do Programa www.mestrado.caedufjf.net.

O Programa prevê o ingresso anual de 120 candidatos ao Mestrado Profissional. O curso destina-se a diretores de escolas públicas e técnicos dos órgãos de gestão da educação básica pública, em exercício (total de 100 vagas), reservada uma parcela das vagas (20 vagas) para o ingresso franqueado a candidatos interessados em exercer futuramente a profissão.

O Curso será desenvolvido predominantemente à distância, com encontros presenciais nos meses de janeiro e julho. Os gestores ingressam mediante seleção pública, atendidos os critérios fixados em convênio entre a Universidade Federal de Juiz de Fora e as Secretarias de Educação das unidades da Federação com as quais o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação - CAEd mantém programas de cooperação técnica.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

CEE/RJ publica regras sobre habilitação de professores

O Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro publicou, na última terça-feira (10/08), o Parecer nº 134/2010, que dispõe de novas regras para análise das habilitações de professores que ministrarem aulas do currículo da Educação Básica e da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, em caráter extraordinário, para as disciplinas de Filosofia, Sociologia, Artes, Química, Física, Matemática e Geografia. O objetivo é preencher as vagas ainda existentes nessas áreas, mesmo após a realização de concursos.

Essa nova medida está direcionada para a contratação emergencial de professores, bem como o aproveitamento de docentes que já fazem parte do quadro da SEEDUC, por meio de GLP (Gratificação por Lotação Prioritária).

Os profissionais deverão ter concluído a graduação ou outro curso de 120h ou 360h, em determinada disciplina, conforme escrito abaixo:

COMPONENTE CURRICULAR DE ATUAÇÃO/FORMAÇÃO ACADÊMICA

FILOSOFIA

*Pedagogia ou Licenciatura em qualquer área, acrescida de especialização (360h) em área afeta à Filosofia.
*Licenciatura em História, e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Filosofia ou áreas afetas.
*Licenciatura em Ciências Sociais, e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Filosofia ou áreas afetas.

SOCIOLOGIA

*Pedagogia ou Licenciatura em qualquer área, acrescida de especialização (360h) em área afeta à Sociologia.
*Licenciatura em História, e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Sociologia ou áreas afetas.
*Licenciatura em Geografia Humana, e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Sociologia ou áreas afetas.

ARTES

*Licenciatura em qualquer área das Artes.
*Pedagogia ou Licenciatura em qualquer área, acrescida de especialização (360h) em área afeta às Artes.

QUÍMICA

*Licenciatura em Biologia e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Química ou áreas afetas.
*Graduado em Engenharia e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Química ou áreas afetas, acrescida de Licenciatura em qualquer área, ou Especialização (360h) em qualquer área da Educação.

FÍSICA

Licenciatura em Matemática e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Física ou áreas afetas.
*Graduado em Engenharia e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Física ou áreas afetas, acrescida de Licenciatura em qualquer área, ou Especialização (360h) em qualquer área da Educação.

MATEMATICA

*Licenciatura em Física e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Matemática ou áreas afetas.
*Graduado em Engenharia e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Matemática ou áreas afetas, acrescida de Licenciatura em qualquer área, ou Especialização (360h) em qualquer área da Educação.

GEOGRAFIA

*Licenciatura em História e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Geografia ou áreas afetas.
*Licenciatura em Ciências Sociais e comprovação no histórico escolar de 120h de aulas em Geografia ou áreas afetas.
*Graduado em Geografia e Licenciatura em qualquer área ou Especialização (360h) em qualquer área da Educação.

domingo, 15 de agosto de 2010

AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Não somos campeões em Educação

por: Marcela Cataldi
Apesar de estarem na escola, as crianças brasileiras não conseguem aprender tudo o que deveriam. Veja estes dados chocantes:


"A Educação é a única forma de realmente termos um Brasil melhor" Luís Fabiano, jogador de futebol

* A nota média do país é de 4,6 no ensino fundamental 1 (1º ao 5º ano) e 4,0 no ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano). Os dados são do Ideb, índice que mede a qualidade de ensino no país. A nota que precisamos ter? Nota 6, no mínimo.

* O Brasil tem um alto índice de crianças na escola – 97,8%. No entanto, não são poucos os que estão fora das salas de aula: 660 mil meninas e meninos. Sendo que 450 mil deles são negros . Fonte: Unicef, com informações da Pnad 2007.

* Segundo o PISA, o programa de avaliação de sistemas educativos mais difundido no mundo, o Brasil está em 54° lugar em matemática (numa lista de 57 países) e em 49° lugar em leitura (numa lista de 56 países).

* 39,5% dos jovens brasileiros de 16 anos não terminaram o ensino fundamental. Fonte: Pnad/IBGE 2007.

* 55,1% dos jovens brasileiros de 19 anos não conseguiram concluir o ensino médio. Fonte: Pnad/IBGE 2007.

* 74% da população brasileira não consegue entender um texto simples (segundo o Inaf).

* Apenas 9,8% dos alunos do 3°ano do ensino médio sabem o conteúdo esperado em Matemática e 24,5%, o de Língua Portuguesa. Fonte: Todos Pela Educação, com base nos dados do Saeb 2007.

* 42,6% dos alunos dos alunos do 3ª série (EM) estão acima da idade adequada. Fonte: SAEB/INEP – 2007.

* 10 % dos jovens de 15 ou mais são analfabetos. Fonte: MEC/Inep/DTDIE – 2005.
Apenas 25% da população brasileira adulta é plenamente alfabetizada . O dado é do Inaf 2009 – Indicador de Alfabetismo Funcional.

FONTE: http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/boletim-educacao/