segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Desenvolvimento Moral

Centro de Formação - Yves de la Taille - O que é regra?

LIMITES NA EDUCAÇÃO

A polêmica da palmada educativa




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já defendeu a teoria de que vale “até dar uns tapinhas no bumbum dos meninos” para impor limites aos filhos. Sete anos depois da declaração, o presidente disse, ontem, que “conversar é melhor do que bater”, ao assinar o documento que encaminha ao Congresso Nacional um projeto de lei para proibir a prática de castigos físicos em crianças e adolescentes.

A proposta é de que a nova lei seja incorporada ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e que pais, professores e babás que fizerem uso de beliscões, empurrões ou puxões de cabelo em crianças sejam penalizados. O maior rigor da lei para a famosa palmadinha é motivo de discordância entre especialistas em educação. Mesmo contrária à palmada, a filósofa, mestre em educação e autora de 19 livros – entre eles, Limites sem Traumas –, Tania Zagury, classificou como ingerência excessiva do Estado a medida. Ela acredita que a origem do projeto é boa, no sentido de evitar o espancamento, mas que a proposta é controversa:
“Fico temerosa. Acho que essa lei não terá condições de ser cumprida. Não temos Poder Judiciário para resolver casos seriíssimos, como os de assassinatos, como poderemos ter para casos como esses? Além disso, não precisamos de uma lei como essa, já temos uma legislação que trata do agressor físico, seja pai ou não”.

A gaúcha Carmen Oliveira está em Brasília, à frente da Secretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, e é coautora do projeto. Ela garante que as novas medidas terão função mais de educar do que de proibir beliscões.
“Somente em um caso reiterado de palmadas é que caberia a autoridade judiciária aplicar o afastamento do agressor do convívio do menor de idade”, afirma Carmem.
Foi enxergando as mudanças por este viés é que a psiquiatra, psicanalista e professora da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), Nina Furtado, recebeu como positiva a notícia de possíveis alterações no ECA. Para Nina, a medida pode fazer com que pais mais radicais, que costumam abusar com mais severidade dos filhos, possam ser alertados.
“Para aqueles pais agressivos por fatores como alcoolismo, drogas ou que tenham sido maltratados não vai ter muita mudança comportamental”.

A maior preocupação, para Tania, diz respeito à relação entre pais e filhos. Ela acredita que a medida possa gerar uma sensação de impunidade nas crianças e nos adolescentes e que muitas denúncias infundadas sejam levantadas, cometendo algumas injustiças e má interpretação da lei.
“O que o Estado pode fazer por essa criança, caso ela perca o direito de ter os pais por perto?”

Entenda a proposta

- Atualmente, a lei que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) condena maus-tratos contra a criança e o adolescente, mas não define se os maus-tratos seriam físicos ou morais.
- Com o projeto, “castigo corporal” passa a ser definido como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente”.
- Para os infratores, as penas são advertência, encaminhamento a programas de proteção à família e orientação psicológica.

Alternativas às palmadas - Exemplo dos pais

Uma das melhores formas de educar, segundo especialistas, é dando bons exemplos aos filhos. Por exemplo, pais devem ter atitudes adequadas no trato com outras pessoas, nas relações familiares, no trânsito, no supermercado, ao telefone. O comportamento dos filhos reflete em parte o que os pais fazem.

Perdas

Quando a criança se comporta mal, deve ser proibida de fazer algo que gosta, perder algum privilégio. Por exemplo, se machucou o irmão menor, pode ser obrigada pelos pais a ficar sem ver TV durante uma tarde. Se for um adolescente, pode ter a mesada cortada ou adiada em alguns dias.

Diálogo

Explicar por que determinada atitude foi inadequada faz a criança entender o que é certo ou errado. Dependendo da idade, a criança que recebe uma palmada pode não relacionar o castigo físico com o que fez de errado. Mostrar à criança por que determinada atitude não foi boa, colocando-se no lugar da pessoa prejudicada, é o indicado.

Pacto

Sem se tornar um hábito frequente, pais podem fazer acertos com os filhos. Por exemplo, se a criança passar o fim de semana estudando para uma prova difícil, pode viajar na semana seguinte com a avó. Esse tipo de compensação não deve ser frequente, sob o risco de levar à criança a só fazer tarefas mediante o recebimento de algo em troca.

Pensar

Em casos que devem ser analisados pelos pais, crianças que se comportam mal podem ser levadas para um local da casa onde devem ficar sentadas por determinado tempo. É como se usassem esse tempo para pensar no que fizeram de errado (isso deve ser explicado). Uma dica é que o tempo seja calculado de acordo com a idade da criança. Por exemplo, se tem três anos, fica três minutos. A criança, porém, não deve ser isolada do convívio das demais pessoas nem ficar imóvel em uma cadeirinha.


Fontes:
Pedagogo Antonio Carlos Gomes da Costa, um dos redatores do Estatuto da Criança e do Adolescente, e psicóloga e psicopedagoga infantil Aidê Knijnik

Fonte: Zero Hora

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Pessoal, passei um bom tempo sem a barra de vídeo e de fotos no meu blog quando fazia uma postagem, e não conseguia resolver isso. Encontrei na página inicial quando entramos na internet (aquela que colocamos o nosso login) uma mensagem falando de problemas, então cliquei e consegui esta informação valiosa que estou repassando para quem estiver com o mesmo problema.

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"Boa Sorte"

SALÁRIO DE PROFESSORES - RANK NACIONAL


Salário dos professores


A discussão sobre salário do professor no Brasil, tem se tornado cada vez mais recorrente. Porém, quando omite variáveis e/ou pretende culpabilizar a categoria pelo “fracasso escolar”, torna-se menos útil e mais tendenciosa.

A importância de se valorizar os profissionais de educação, através de políticas que associem salário, formação profissional, jornada e condições de trabalho é fundamental importância para a qualidade da educação brasileira ou de qualquer país que vê a Educação como valorização na só do sujeito social, como do profissional do futuro.
Infelizmente, para que o professor atinja uma meta salarial considerada adequada para amenizar a histórica defasagem dos vencimentos, este profissional trabalha em dois ou mais turnos e, dessa forma, isto talvez possa inferir de maneira negativa na qualidade do trabalho pedagógico e no aprendizado dos alunos junto a estados, municípios e até mesmo em instituições particulares de ensino. Ainda podemos citar o caso das professoras, que não se contabiliza a jornada doméstica observada na maioria dos casos dessas profissionais.

Um artigo publicado pelo CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) em 26/02/2008 sobre a remuneração dos professores, o Fundef (fundo do ensino fundamental) e agora o Fundeb (fundo da educação básica), destinaram 60% de suas arrecadações para os salários dos docentes. Ocorre que a maioria dos municípios não implantou planos de carreira a fim de incorporar esses ganhos salariais. O mesmo tem ocorrido com as tabelas de salários dos estados. Ou seja: perpetuou-se uma grave tendência de concessão de abonos e gratificações, que mantém a insegurança no contrato de trabalho dos professores e demais trabalhadores da educação básica pública. Daí mais uma explicação para a constante dificuldade em atrair novos e bons profissionais, principalmente para áreas de exatas e de biologia.

Também o CNTE, afirma que o Piso Salarial Profissional Nacional, que está em debate no congresso nacional, tem a virtude de prever a incorporação das gratificações ao salário-base dos docentes e de associar o vencimento à jornada de trabalho e ao nível de formação. Paralelamente, tramita projeto de lei que visa implementar diretrizes nacionais de carreira para os profissionais da educação. Estas duas medidas, aliada a outras que prezam pelas condições de trabalho e de saúde dos educadores caminham em sentido correto do ponto de vista da valorização profissional. Pois a descentralização dos sistemas de ensino, se não for causa principal para as mazelas educacionais - e dos educadores – sem dúvida, tem nas desigualdades regionais e na desarticulação das políticas educacionais, os pressupostos que necessitam de equalização para atender ao princípio da isonomia do ponto de vista da dignidade humana dos alunos e da valorização dos profissionais da educação básica pública.

Já segundo o MEC, o salário médio do professor de educação básica no Brasil é de R$ 1.527,00 e que ao todo, 16 Estados pagam valores inferiores a esta quantia. Na região sudeste, o município do rio de Janeiro detém o melhor salário do magistério que fica em média, R$ 2.004. Os salários mais inferiores estão no Nordeste que em média fica em torno de R$ 1.057 (Paraíba e Pernambuco) e R$ 1.105 (Piauí). Vale ressaltar que estes valores, como já citado acima, não condizem com a realidade em face de que o professor ter que trabalhar em diversos turnos para gerar maior remuneração. Como a lei exige que cada Estado pague no mínimo R$ 950, tudo ainda é mera controvérsia.

Confira a média de salários pagos em cada Estado:

 Distrito Federal R$ 3.360
 Rio de Janeiro R$ 2.004
 São Paulo R$ 1.845
 Mato Grosso do Sul R$ 1.759
 Roraima R$ 1.751
 Rio Grande do Sul R$ 1.658
 Paraná R$ 1.633
 Acre R$ 1.623
 Amapá R$ 1.615
 Sergipe R$ 1.611
 Amazonas R$ 1.598
 Tocantins R$ 1.483
 Minas Gerais R$ 1.443
 Mato Grosso R$ 1.422
 Pará R$ 1.417
 Espírito Santo R$ 1.401
 Rondônia R$ 1.371
 Santa Catarina R$ 1.366
 Goiás R$ 1.364
 Maranhão R$ 1.313
 Alagoas R$ 1.298
 Rio Grande do Norte R$ 1.232
 Ceará R$ 1.146
 Bahia R$ 1.136
 Piauí R$ 1.105
 Paraíba R$ 1.057
 Pernambuco R$ 982
 Brasil R$ 1.527

Ainda segundo a Agência Brasil especialistas apontam que o magistério começa a ter sua dignidade resgatada no Brasil. A aprovação do piso salarial para a categoria e o lançamento do Plano Nacional de Formação dos Professores são citados como pontos promissores, mas que ainda necessitam de maior tempo e adaptação para gerar resultados.
Deve-se ressaltar que ainda há um alto número de professores atuando em salas de aula sem ter nem mesmo a formação inicial adequada para a educação básica. Outro problema, é a necessidade de uma formação específica para os docentes que atuam nas últimas séries do ensino fundamental. Infelizmente, atualmente, o principal desafio é fazer com que as pessoas que se formam se interessem por lecionar, principalmente para os professores da educação infantil, que recebem o pior salário.

Atualmente, o mercado de trabalho oferece melhores oportunidades fora do magistério, assim, em alguns anos o Brasil talvez não conte mais com professores de disciplinas importantes para o seu desenvolvimento tecnológico.
Problemas na formação continuada dos professores e até mesmo na formação inicial, além da baixa remuneração são fatores de extrema relevância para que se agrave o quadro na educação brasileira.
A Unesco, recomenda a necessidade de "uma verdadeira revolução" nas estruturas institucionais e de formação. Dados da pesquisa indicam que 50% dos alunos que cursam o magistério e que foram entrevistados disseram que não sentem vontade de ser professores. Outro dado "de impacto", é que dos salários pagos à categoria - 50% dos docentes recebem menos de R$ 720 por mês.

No estudo Unesco, há o alerta para um grande "descompasso" entre a formação teórica e a prática do ensino.Para o presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Carlos Eduardo Sanches, a formação do docente precisa estabelecer uma espécie de "aliança" entre o seu conteúdo e um projeto pedagógico, para que o professor tenha condições de entrar em sala de aula.

Como recomendações, a Unesco defende a real implementação do novo piso salarial e a política de formação docente, lançada recentemente. Cunha acredita que esses podem ser "pontos de partida" para uma "ampla recuperação" da profissão no Brasil.

"Se houver continuidade e fazendo os ajustes necessários que sempre surgem, seguramente, daqui a alguns anos, podemos ter um cenário bem mais promissor do que o atual", disse, ao ressaltar que sem professores bem formados e com uma remuneração digna não será possível atingir a qualidade que o Brasil precisa para a educação básica. "Isso coloca em risco o futuro do país, por conta da importância que a educação tem em um mundo altamente competitivo e em uma sociedade globalizada."

FONTES:
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/10/15/ult105u8790.jhtm
http://www.rota83.com/mec-salario-medio-do-professor-e-de-r-152700.html
http://www.raquelrfc.com/2010/07/salario-de-professores-rank-nacional.html