sábado, 30 de outubro de 2010

A ESCOLA PÚBLICA E A QUESTÃO CURRICULAR.

ESTE FOI UM TRABALHO QUE FIZ NA FACULDADE EM 2002 NO TERCEIRO PERÍODO SOBRE O CURRÍCULO NA ESCOLA PÚBLICA. OMITI O NOME DA ESCOLA EM QUESTÃO POR MOTIVO DE ÉTICA. MAS ACREDITO QUE É UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE DE AJUDA AOS UNIVERSITÁRIOS QUE ESTÃO PERDIDOS PARA FAZEREM UM RELATÓRIO DE ESTÁGIO.

TENHO OUTROS QUE POSTAREI MAIS TARDE, ESTE É O PRIMEIRO, E DESCULPEM-ME OS ERROS SE TIVEREM.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA BAIXADA FLUMINENSE

CURSO DE LICENCIATURA NAS SÉRIES INICIAIS E EDUCAÇÃO INFANTIL

COORDENAÇÃO DE PRÁTICA DOCENTE III

A ESCOLA PÚBLICA E A QUESTÃO CURRICULAR.

Pesquisa realizada na Escola Municipal Professor XXXX, orientada pela professora Sônia Mendes em cumprimento da exigência da disciplina Prática Docente lIl

DUQUE DE CAXIAS

DEZEMBRO DE 2002

Iii - DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho primeiramente a Deus, depois ao incentivo de meu esposo José Alves e de minhas filhas Ana Carolina e Natacha.

iv - SUMÁRIO

página

Capa..........................................................................................................................i

Página de rosto.......................................................................................................i i

Dedicatória............................................................................................................i i i

Sumário..................................................................................................................i v

1 - Introdução.............................................................................................................5

2 - Histórico................................................................................................................7

3 - Justificativa...........................................................................................................8

4 - Metodologia..........................................................................................................9

5 - Fundamentação Teórica............................................................................12 à 16

5.1 – O que é o currículo.

5.2 – Consequências do novo conceito de currículo.

5.3 – Dimensões de currículo.

5.4 – Planejamento do currículo.

5.5 – Nascem os “estudos sobre o currículo” – Teorias Tradicionais.

5.6 – O currículo e os teóricos – Onde a crítica começa.

5.7 – O Currículo Integrado.

5.8 – O currículo de Escola Municipal do Rio de Janeiro.

Considerações finais...................................................................................27 à 28

Bibliografia.............................................................................................................27

1 - INTRODUÇÃO

Na educação, com respeito ao currículo, à instituição escolar deve garantir que o mesmo, reconheça, valorize, recupere e integre às múltiplas linguagens ao ato de educar, e assim defina a necessidade de sintonia com tempo que vivemos e buscamos valorizar.

Na verdade, a compreensão da diversidade situa-se não apenas no inventário de vida dos alunos, mas, também, no movimento de entender as formas de organização da sociedade, capazes de nos apontar caminhos na construção de uma convivência com nossos alunos, onde igualdade e diferença não são pólos opostos, mas complementares.

Quando se aplica o termo currículo ao contexto educacional, há várias maneiras de entendê-lo, porque as concepções sobre o mesmo, depende sobretudo das relações a questões ligadas aos conceitos de educação, construção de conhecimento, educador e educando.

Atualmente, não podemos pretender que a educação esgote a transmissão de todos os conhecimentos acumulados. É preciso que, nos interroguemos sobre a natureza dos conteúdos a serem incorporados ao currículo, sobre o contexto social e histórico em que ocorre a educação e sobre que tempo de conhecimento está em sintonia o tempo em que vivemos e com os alunos que temos. Nessa perspectiva, busca-se uma escola que desenvolva um currículo comum de experiências cognitivas, afetivas, sociais e referências culturais, levando em conta, ao mesmo tempo, a singularidade dos alunos e professores. Um currículo cuja preocupação seja trabalhar com o loccus e o universal, tornando a escola verdadeiramente democrática, porque parte da cultura do aluno para inseri – lo na cultura mais ampla.

Para Freire:

“Uma das tarefas mais importantes da prática educativa - crítica é propiciar as condições em que educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou o professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque é capaz de amar. Assumir-se como sujeito, porque é capaz de reconhecer-se como sujeito. (Freire,p.46.)

Assim, ao reconhecer-se como ser social e histórico, desenvolverá várias formas de comportamento, utilizando-se de diferentes estratégias para inserir-se nesse meio, compreendê-lo e agir sobre ele.

2 - HISTÓRICO

Essa pesquisa foi feita na Escola Municipal 08. 17.061 Professor XXXX, fundada em 27 de fevereiro de 1967 e seu patrono foi o professor XXXX, natural do atual estado de Goiás, que destacou-se como músico e compositor.

Sua atual diretora é a professora XXXX.

À escola está situada no bairro de XXXX na zona oeste do município do Rio de Janeiro, pertencente à ?a CRE.

Na referida escola existem, 16 professores, cerca de 760 alunos, sendo 6 integrados e 8 em classe especial ( todos D. A. deficiente auditivos ), 9 profissionais de apoio e 6 administrativos.

A escola tem em seu espaço físico, uma quadra, doze salas, sendo que uma serve como classe especial no turno da manhã e como sala de recurso no turno da tarde, uma sala de leitura, oito banheiros, cozinha, refeitório, sala de professores, pátio, dispensa, secretaria.

Essa escola atende somente a comunidade da XXXX, com horário parcial: manhã e tarde.

À escola Municipal XXXX foi a primeira a tratar da inclusão na área da 8a CRE, principalmente em relação aos D. A. , no ano de 1980. Isto ocorreu devido à escola Ter recebido uma aluna deficiente auditiva, sendo que a mãe da aluna escondeu o fato da escola, ao perceber o problema a direção abriu uma sindicância no bairro e descobriu que haviam outras crianças com o mesmo problema, assim, a escola entrou em contato com o Instituto Helena Antipoff que foi até à escola para uma avaliação e permitiu a abertura da classe especial e sala de recursos.

3 - JUSTIFICATIVA

Escolhi a escola Municipal XXXX, por ter feito as pesquisas anteriores referente aos primeiro e segundo período do curso de Licenciatura das Séries Iniciais e Educação Infantil dessa faculdade, nessa escola.

O tema abordado nessa pesquisa surgiu devido a professora e orientadora da disciplina de Prática Docente III, Sônia Mendes estar desenvolvendo em sua disciplina as definições de currículo aplicado à educação. Daí a necessidade de um levantamento de dados sobre as características do tipo de currículo na qual está inserida a Escola Municipal do Rio de Janeiro. Portanto, minha pesquisa será feita em forma de questionário aberto (anexo) e também observação para sabermos como está construído este currículo e como dá-se esse processo no âmbito escolar.

4 - METODOLOGIA

Meu primeiro contato com a Escola XXXX deu – se pôr telefone com a diretora Rita XXXX para agendar uma visita para o dia 2002/29/10, às 14:00 hs, assim feito adiantei o teor de minha pesquisa à referida diretora, no caso, uma pesquisa de como foi planejado o currículo desta escola, o acordo sobre o dia da visita foi feito com o fim da conversa.

Ao retornar à escola no dia marcado, um aspecto relevante merece ser comentado na conversa com a diretora sobre a pesquisa, pergunto sobre como foi o planejamento do currículo da escola, no que ela responde – me que o Projeto Político Pedagógico foi elaborado em consenso com professores e parte da comunidade que é muito presente na escola. No primeiro momento fiquei sem ação, depois expliquei a ela sobre o currículo, que este é um primeiro documento elaborado também com a comunidade e docentes e a partir daí e que elabora – se o PPP, também falei que o currículo deve ser a identidade dessa escola, onde a questão não é ser apenas decidir que conteúdos serão dados, que este deve visar uma melhoria da vida do aluno , como também da comunidade a qual está inserido. No que ela afirma: “mas tudo isso está dentro do PPP”.

Com estas informações, passo a ela 10 questionários em branco para serem respondidos pelo corpo docente e orientadoras, então ela me diz que isso não poderá ser feito de imediato, pois na próxima semana terá a Festa da Primavera e toda a escola está sendo mobilizada para a ocorrência desta, após a festa ela me garante que serão entregues os questionários respondidos. A seguir agradeço pôr ser atendida e retiro – me com a certeza de que na próxima semana começarei a elaborar a metodologia dessa pesquisa.

Com essas informações iniciais a respeito do ocorrido na escola, digo, sobre a diretora confundir o PPP com o currículo e os questionários não serem respondidos esta semana, fico apreensiva a respeito do andamento da pesquisa, pois, tenho a convicção de que baseada em uma reflexão crítica a respeito da literatura específica do tema posso fundamenta – la, porém, a possibilidade na demora dos mesmos , limita – me.

Como a linha da pesquisa converge caracteristicamente através das respostas dos questionários, e sem os mesmos não há como levantar os dados a respeito do currículo desta escola, então volto a esta instituição para obtenção destes que são tão relevantes.

Ao voltar à escola fico surpresa que a obtenção desses dados não pôde ocorrer, pois, o material desapareceu (?). Com isso, o andamento da pesquisa foi prejudicado e minha ansiedade tornou - se latente devido o prazo dado pela orientadora da pesquisa Sônia Mendes estar terminando.

A partir daí resolvi voltar à faculdade para obter novas cópias do referido documento e com a palavra da diretora de que seriam respondidos.

Com as cópias volto à escola para entregar à diretora e serem repassados aos docentes, agradeço a boa vontade e retiro – me.

Visando não construir uma pesquisa sem dados relevantes e inferior ao nível desejado volto a questionar a direção da escola, através de telefonemas (foram três) sobre os dados, pois, o último prazo dado para a entrega dos mesmos foi na Quarta – feira à noite ( 04/12/02 ) na residência da referida diretora. Contudo numa dessas ligações, minhas inquietações confirmaram – se, os dados seriam entregues somente na Sexta – feira (06/12/02) à noite na casa da acima citada. Nessa perspectiva, decidi não esperar mais, pois o objetivo desse estudo não poderá mais depender dos dados devido ao pouco tempo que me resta para a entrega da pesquisa.

Quero fazer aqui uma ressalva importante, escolhi esta escola pôr ser sua diretora uma pessoa de minha confiança e idônea, também pela escola ser alvo de pesquisas anteriores de Prática Docente, onde pude construir uma certa relação de troca com o corpo docente. Contudo, devo ressaltar que não esperava relatar estes acontecimentos, justamente pôr confiar nas pessoas envolvidas. Devo ressaltar também que entendo os inúmeros obstáculos pois estamos no fim do ano letivo .

Apesar dessas dificuldades fui obrigada a construir essa pesquisa com base nesses argumentos, isto é, a falta de indicadores qualitativos prioritários e adequados para a abordagem da mesma, permitindo assim que a questão das dificuldades encontradas fosse percebida ao longo desse trabalho. As minhas impressões embora tardias, foi de que se a linha da pesquisa seguisse a base de entrevistas corpo a corpo, individual, estas seriam melhores aproveitadas, contudo, preparei – me com várias bibliografias sobre o tema e com as aulas da professora de Prática Docente Sônia Mendes que também deram – me essa fundamentação.

Esperava concluir minha pesquisa com os dados coletados nesta escola e examina - los à luz dos vários teóricos estudados, entretanto não foi possível fazer esta comparação apesar de minha primeira proposta ser essa.

Colocarei um questionário em branco (ver anexo) para um possível vislumbre das respostas do corpo docente da Escola Municipal XXXX. Certa de que fiz meu estudo com veracidade e idoneidade termino assim essa argumentação.

5 - Fundamentação Teórica

5.1 - O que é o currículo?

Um programa de ensino só se transforma em currículo após as experiências que a criança vive em torno do mesmo. A palavra currículo, etmologicamente vem do latim – currículum – e significa percurso, carreira, curso, ato de correr. No Dicionário da Língua Portuguesa Prof. Alphel Tersariol de 1976, currículo significa documentação, (diplomas, títulos, trabalhos) do curso científico ou literário de alguém.

Já no Dicionário Aurélio, Século XXl – 2001, significa as matérias constantes de um curso, e curriculum vitae (lat), é o conjunto de dados relativos à vida estudantil, professoral, etc. de quem se candidata a um emprego, concurso, etc. Esses dados são apresentados como um todo integrado, variável para cada pessoa, mas se revela continuidade, sequência e objetivos atingidos e/ou por atingir.

Aplicado à educação, o termo currículo apresenta uma variação no decorrer do tempo. Essa variação depende da concepção de educação e de escola e, também, das necessidades de determinadas sociedades num dado momento histórico.

Tradicionalmente currículo significou uma relação de matérias ou disciplinas, como um corpo de conhecimentos organizados sequencialmente em termos lógicos. Alguns fatores históricos, no entanto, impuseram mudanças no modo de ver e pensar do próprio homem determinam – lhe, também, novas necessidades e atitudes perante à vida.

Os principais fatos que determinaram essas mudanças foram:

· A Revolução Industrial – Com ela, a sociedade urbana ao desenvolver – se, tornou – se mais complexa, aprofundando a especialização, passando a produção a ser feita em série, aumentando a interdependência entre homens e países.

· As Descobertas Científicas – A partir destas, sucedem – se à criação de empregos mais especializados.

· A Explosão Demográfica – Com as populações aumentando a concentração destas nas cidades é maior, consequentemente, escolas começam a ser oferecidas a um número cada vez maior de pessoas.

· Meios de Comunicação de massa – Com o avanço da tecnologia surgem os meios de comunicação de massa que passam a veicular um número maior de informações, sendo que as consequências desse fato são ainda hoje, um assunto bastante controvertido.

Diante das novas necessidades surgidas a partir desses fatos, os educadores passaram a questionar o conceito de educação, de aprendizagem e, consequentemente, de currículo. A preparação dos alunos para enfrentar um mundo em constante transformação passou a exigir uma dinâmica diferente da instituição escolar, nessa dinâmica, o aluno não mais é visto como um ser passivo que deve apenas e tão somente assimilar os conhecimentos que lheS são transmitidos pelos seus professores. É visto antes de mais nada como um ser ativo que aprende não apenas através do contato do professor e com a matéria (conteúdo), mas através de toda interação com o meio em que vive. A partir desse novo enfoque, o currículo deixou de ser confundido com distribuição de matéria ou carga horária de trabalho escolar.

Então, o que é o currículo atualmente? “Currículo é tudo o que acontece na vida de uma criança, na vida de seus pais e professor. Tudo o que cerca o aluno, em todas as horas do dia, constitui o currículo”. (ESPERB, D. 1982, p.64)

“Currículo significa muito mais do que o conteúdo a ser aprendido – significa toda a vida da criança. Um programa de ensino só transforma – se em currículo após as experiências que a criança vive em torno do mesmo”. (REGO, M. S. 1982.p,64)

“Currículo consiste em experiências, por meio das quais as crianças alcançam a auto – realização e, ao mesmo tempo, aprendem a contribuir para a construção de melhores comunidades e de um melhor futuro”.

Concluí – se que o currículo é:

· Tradicionalmente, currículo tem significado as matérias ensinadas na escola ou a programação dos estudos.

· A tendência, das décadas recentes têm sido usar o termo num sentido mais amplo, para referir – se à vida e a todo a o programa da escola , inclusive às atividades extra – classe, que são muito importantes para a formação da personalidade da criança, enriquecendo o plano escolar, e além disso, são importante fonte de motivação.

5.2 – Consequências do novo conceito de currículo.

Segundo William Ragan são as seguintes as principais consequências do novo conceito de currículo:

· O currículo existe somente nas experiências das crianças. Não existe em livros de texto e nem nos programas de estudo. Para avaliar o currículo de uma escola, é necessário observar cuidadosamente a qualidade das vivências que existem dentro dela.

· O currículo inclui mais do que o conteúdo a ser aprendido, o programa não se constituí um currículo enquanto não se transforma em parte da criança. A porção do conteúdo que se torna currículo para uma criança pode diferir daquela que se transforma em currículo para outra. As relações humanas na sala de aula, os métodos de ensino e os processos de avaliação usados são partes tão importantes do currículo, como o conteúdo a ser aprendido.

· O currículo diz respeito ao auxílio dado às crianças para enriquecer suas próprias vidas e contribuir para o aperfeiçoamento da sociedade através da aquisição de informações, habilidades e atitudes.

· A questão que preocupa o planejador não é apenas decidir que matérias devem ser ensinadas para desenvolver o entendimento e alargar os conhecimentos dos alunos; ele deve visar também à melhoria da vida do indivíduo e da comunidade.

5.3 - Dimensões do currículo.

O currículo pode ser determinado a partir de três dimensões fundamentais.

1 – Dimensão Filosófica – Refere – se ao tipo de educação apropriada a uma cultura. Trata –se de opções de valor baseadas na concepção que se faz do homem, da sociedade, etc. Nessas concepções baseiam – se as escolhas feitas quanto aos fins da educação, propósitos e conteúdos da escola.

2 – Dimensão Sócio – Antropológica – Devido às transformações sociais que se processam de forma acelerada, é necessário que a escola tenha uma nova visão lúcida da realidade social com a qual está lidando, para que possa se desenvolver um trabalho educativo, dinâmico e atual. A escola precisa saber quais são os padrões de comportamentos que influenciam os alunos, as forças econômicas atuantes, as formas de estrutura familiar existentes, as tensões sociais e as formas de comunicação, para que esses desafios possam ser superados e o indivíduo lide com essas influências de maneira autônoma, intelectual e crítica.

3 – Dimensão Psicológica – P ara que o currículo escolar seja bem sucedido, é necessário dar atenção ao desenvolvimento psicológico do aluno, pois, nem todas as crianças raciocinam com a mesma rapidez, nem possuem o mesmo ritmo de desenvolvimento psicomotor, sendo necessário também, que se tenha uma boa definição de aprendizagem. Neste contexto, faz – se necessário pensar em ações que proporcionem ao indivíduo, práticas educacionais que possibilitem o desenvolvimento de suas potencialidades, aptidões e talentos, visando o crescimento pessoal, de forma que o leve a pensar, analisar, criticar, planejar e criar novas idéias, agregando aos conhecimentos que já possui novos elementos.

5.4 - Planejamento do currículo

Considerando que o currículo é a soma de experiências vividas pelos alunos de uma escola, é fácil concluir que o planejamento deste é o planejamento dessas experiências.

Cada escola deve preparar seu planejamento de currículo com a participação de todos aqueles que direta ou indiretamente estão ligados à dinâmica do processo educativo, seja ele, diretor, orientador pedagógico e educacional, e professores. Juntos definirão os objetivos finais, o conteúdo básico e delinearão os métodos e as estratégias de avaliação, pesquisando ainda os recursos que poderão utilizar.

No planejamento do currículo deve – se levar em conta a realidade de cada escola e as sugestões apresentadas pelo Conselho Estadual de Educação, (C.E.E.) que abrangem os seguintes aspectos:

* Subsídios para a elaboração dos currículos.

* Relação das matérias que podem construir a parte diversificada numa tentativa de atender peculiaridades locais.

* Normas de avaliação.

* Recuperação de alunos.

Esta orientação fornecida pelo Conselho Estadual de Educação, baseia – se nas diretrizes que emanam do Concelho Federal de Educação (C.F.E.), que por sua vez, refletem a política educacional expressa na atual Constituição brasileira.

Cabe ao C.F.E., fixar para cada grau, as matérias relativas ao núcleo comum, definindo também seus objetivos e sua amplitude.

Já o C.E.E. , estabelece as matérias que constituirão a parte diversificada currículo de primeiro grau. A escola poderá ainda assumir a iniciativa da proposição de outras matérias e incluí – las em seu currículo, se aprovadas pelo Conselho de Educação competente.

5.5 - Nascem os “estudos sobre o currículo” – Teorias tradicionais.

Professores de todas as épocas sempre estiveram envolvidos com o “currículo”, antes mesmo que se pudesse designa – lo como podemos conhecer hoje. Há antecedentes na história da educação ocidental moderna, institucionalizada, de preocupações com a organização da atividade educacional e até mesmo de uma atenção consciente à questão do que ensinar.

No século XVll, surge a Didática Magna, de Comenius, o maior educador e pedagogo deste século, que preocupou – se em como se deve ensinar e aprender com segurança, para que seja impossível não obter bons resultados. Comenius pretende tornar a aprendizagem eficaz e atraente mediante cuidadosa organização de tarefas, ele próprio empenha – se na elaboração de manuais – uma novidade na época – e minuciosamente detalha o procedimento do mesmo, segundo gradações das dificuldades e num ritmo adequado à capacidade de assimilação dos alunos. O ponto de partida da aprendizagem é sempre o conhecido, indo do simples para o mais complexo, do concreto para o abstrato. Sua proposta pedagógica dirige – se sobretudo à razão humana, convocando – a a assumir uma atitude de pesquisa diante do universo e de visão integrada das coisas. Ele est’s adiante de seu tempo.

Já no século XVlll, justamente na França, que foi de certo modo, a forja das propostas teóricas mais avançadas, que aparece a figura que influenciou de modo decisivo e radical a pedagogia contemporânea: Jean – Jacques Rousseau, o filósofo da língua francesa, que operou uma “revolução copernicana” em pedagogia, colocando no centro de sua teorização a criança, opondo – se a todas as idéias correntes – da tradição e de seu século – em matéria educativa: desde o uso das fraldas até o “raciocinar” com as crianças e o primado da instrução moral.

O pensamento pedagógico de Rousseau, pode ser articulado segundo dois modelos, o do “Emílio”, em que são centrais as noções de educação negativa e educação indireta, como também o papel particular que assume o educador, e do “Contrato”, que versa sobre uma educação totalmente socializada regulada pela intervenção do Estado. São dois modelo, alternativo, e ao mesmo tempo, complementares entre si. O tema fundamental de “Emílio”, consiste na teorização de uma educação do homem enquanto tal – e não do homem como cidadão – através de seu “Retorno à natureza”, ou seja, a centralidade das necessidades mais profundas e essenciais da criança, ao respeito pelos seus ritmos de crescimento e a valorização das características específicas da idade infantil.

No século XX, precisamente em 1918, surge Bobbit que escreve, “The Curriculum”, que busca responder questões cruciais sobre as finalidades e os contornos da escolarização de massas. Bobbit propunha que a escola funcionasse da mesma forma que qualquer empresa comercial ou industrial, tal como indústria, ele queria que o sistema educacional fosse capaz de especificar precisamente que resultados pretendia obter, que pudesse estabelecer métodos para obtê – los de forma precisa e formas de mensuração que permitia saber com precisão se eles foram realmente alcançados. O modelo de Bobbit estava claramente voltado para a economia , sua palavra chave era “eficiência”. O sistema educacional deveria ser tão eficiente quanto qualquer outra empresa econômica.

Na perspectiva de Bobbit, a questão do currículo se transforma numa questão de organização, é simplesmente uma mecânica, não passa de uma atividade meramente burocrática.

Em 1949, o modelo de Boba encontra consolidação definitiva no livro de Ralph Tyler, que iria dominar o campo do currículo no Estados Unidos, influenciando inclusive o Brasil pela próximas quatro décadas. Com Tyler, os estudos sobre currículo tornaram decididamente centrados em torno da idéia de organização e desenvolvimento.

5.6 - O currículo e os teóricos – Onde a crítica começa.

Michael Apple – Seu ponto de partida são os elementos centrais da crítica marxista da sociedade, ele acredita que o currículo e a educação são mediados pela ação humana e vê este currículo em termos culturais e relacionados as estruturas econômicas e sociais , sua preocupação se dá com as formas pelas quais certos conhecimentos são considerados legítimos em detrimentos de outros vistos como legítimos.

Na perspectiva política de Apple, a questão importante é a questão do “porque”. Pôr que esses conhecimentos e não outros? Pôr que esses conhecimentos são considerados importantes e não outros? Apple procura realizar uma análise que dê igual importância aos dois aspectos do currículo.

Em suma, na perspectiva de Apple, o currículo não poderá ser compreendido nem transformado, se não fizermos perguntas fundamentais sobre essas questões, Apple, contribui de forma importante para politizar a teorização sobre o currículo.

Henry Giroux – Contribuiu decisivamente para traçar os contornos de uma teorização crítica nova. Ele preocupa – se cada vez mais com a problemática da cultura popular tal como se apresenta no cinema, na música e na televisão. Embora suas análises tornaram – se mais culturais do que propriamente educacionais.

Sua crítica está centrada numa reação às perspectivas empíricas e técnicas sobre o currículo dominante nos Estados Unidos, ele critica a racionalidade técnica e utilitária, bem como o positivismo das perspectivas dominantes sobre currículo, nessa análise de Giroux, as perspectivas dominantes ao se concentrarem em critérios de eficiência e racionalidade burocrática, deixavam de levar em consideração o caráter histórico, ético e

político das ações humanas e sociais e, particularmente, no caso do currículo, o conhecimento.

A obra de Hery Giroux, há uma reconhecida influência de Paulo Freire, que na sua concepção libertadora de educação, fornece – lhe as bases de desenvolvimento de conceitos sobre currículo. A crítica que Freire faz de “educação bancária” e sua concepção do conhecimento como um ato ativo e dialético, também combinavam com os esforços de Giroux em desenvolver uma perspectiva de currículo que contestasse os modelos técnicos até então vigentes.

Giroux, vê a pedagogia e o currículo através da noção de “política cultural”, onde o currículo envolve a construção de significados e valores culturais. O currículo é um local onde ativamente se produzem e se criam significados sociais, na visão de Giroux, há pouca diferença entre, de um lado, o campo da pedagogia e do currículo, e do outro, o campo da cultura. O que está em jogo, em ambos, é uma política cultural.

Althusser – Enfatiza o conteúdo das matérias escolares na transmissão de ideologia capitalista, onde o Estado se organiza através dessa ideologia. Para ele, a escola constitui – se um aparelho ideológico central porque atinge praticamente toda a população pôr um período prolongado de tempo. Segundo ele, a escola contribui para a reprodução da sociedade capitalista à medida que transmite através das matérias escolares, as crenças que nos fazem ver arranjos sociais existentes como bons e desejáveis.

Paulo Freire – Freire desenvolveu uma obra que tem implicações sobre o currículo, onde influencia as teorizações de vários autores ligados ao desenvolvimento de perspectivas mais propriamente curriculares. Em Pedagogia do Oprimido, sua análise está mais centrada no campo da filosofia do que a sociologia e a economia política, esta filosofia foca –se

numa dialética hegeliana das relações entre senhor e servo, ampliada e modificada pela leitura do “primeiro Max”. Está implícita também, uma crítica a escola tradicional, mas sua preocupação está voltada para o desenvolvimento da educação de adultos em países subordinados na ordem mundial.

Sua teorização é claramente pedagógica, na medida em que não se limita a analisar como são a educação e a pedagogia existentes, mas apresenta uma teoria bastante elaborada de como estas devem ser.

Sua crítica está sintetizada no conceito de “educação bancaria”, que concebe o conhecimento como sendo constituído de informações e de fatos a serem simplesmente transferidos do professor para o aluno, o conhecimento se confunde com um ato de depósito – bancário. Nessa concepção, o conhecimento é algo que existe fora e independentemente das pessoas envolvidas no ato pedagógico, sendo que o educador exerce sempre um papel ativo, enquanto que o educando está meramente em uma recepção passiva.

Para Freire, o ato de conhecer envolve fundamentalmente o tornar “presente” o mundo para a consciência, não sendo um ato isolado, individual, implica intercomunicação.

Basil Bernstein – Para Bernstein, o conhecimento educacional formal implica três sistemas de mensagem – o currículo, a pedagogia e a avaliação: “O currículo define o que conta como conhecimento válido, a pedagogia define como transmissão válida do conhecimento, e a avaliação define o que conta como realidade válida desse conhecimento de parte de quem é ensinado”.

Bernstein procurou saber como o currículo está estruturalmente organizado. Também pergunta como os diferentes tipos de organização do currículo estão ligados à princípios diferentes de poder e controle.

Ele distingue dois tipos fundamentais de organização estrutural do currículo: O currículo integrado e o currículo tipo coleção.

No currículo integrado, as disfunções entre as diferentes áreas de conhecimento são menos nítidas e menos marcadas. A organização desse currículo obedece a um princípio abrangente ao qual se subordinam todas as áreas que o compõem.

Já o currículo tipo coleção, as áreas e campos do conhecimento são mantidos fortemente isolados, separados. Não há permeabilidade entre as diferentes áreas de conhecimento.

Para Bernstein, o poder não é algo que distorce, o currículo e a pedagogia (a transmissão), na sua concepção, trata – se simplesmente de diferentes tipos de poder e controle. Um currículo com fraca classificação, no qual as fronteiras entre os diferentes campos são poucos nítidas, não significa ausência de poder, mas simplesmente que está organizado de acordo com princípios diferentes de poder.

Peter Maclaren – Maclaren, aponta o multiculturalismo crítico como uma política de resistência, um caminho mais atual para a educação libertadora, em seu livro ele destaca as possibilidades aberta pela educação multicultural pós – moderna a partir de uma concepção crítica do multiculturalismo. Para ele, uma política de resistência à tradição escolar branca, ocidental, cristã e machista é oferecida pelo multiculturalismo crítico, que é apontado como um caminho mais atual para a educação libertadora.

Maclaren, é um dos mais destacados representantes da padagogia crítica e da educação pós – moderna, as quais prestaram e estão prestando um importante serviço à escola, realçando o papel ela tem na reprodução da lógica do capital pôr meio de formas ideológicas e materiais que estruturam a vida dos estudantes de grupo de classe, etnias e gênero diferentes.

A pedagogia crítica pôr ele defendida, propõe o estudo sério da linguagem que traduz toda a cultura dominante. É preciso, segundo ele, reinventar a linguagem para retirar – lhe o conteúdo discriminador.

A educação multicultural e intercultural procura familiarizar as crianças com as realizações culturais, intelectuais, morais, artísticas, religiosas, etc, de outras culturas, principalmente das culturas não dominantes. Ele destaca as possibilidades abertas pela educação multicultural pó – moderna a partir da concepção crítica do multiculturalismo e na construção das políticas educacionais dos próximos anos.

Segundo Maclaren, as crianças que não aprendem a estudar outras culturas perderão uma grande oportunidade de entrar em contato com outros mundos e terão mais dificuldades de entender as diferenças; fechando – se para a riqueza cultural da humanidade, elas perderão também a capacidade de aprender e de se humanizar.

5.7 - O Currículo Integrado

O currículo integrado segundo Jurjo Torres Santomé, deve ser feito entre o corpo docente e também outros profissionais vinculados ao sistema educacional e na medida do possível, juntamente com os alunos, famílias, associações de bairros, e de todos aqueles ligados à dinâmica do processo educativo, e juntos definirão os objetivos, os conteúdos básicos, delimitando os métodos e as estratégias, pesquisando os recursos que deverão utilizar levando a realidade da escola e do aluno. Esse currículo significa muito mais que o conteúdo a ser aprendido – significa todo o programa de ensino que só irá se transformar após as experiências em que a criança constrói seu aprendizado.

A proposta de Santomé, indica a realização de projetos curriculares num sentido mais amplo que se refere à vida e a todo o programa da escola,inclusive, sendo respeitados os conhecimentos anteriores, as necessidades, interesses e ritmo de aprendizagem de cada aluno. À medida que o aluno constrói seu saber, ganha consciência crítica e responsabilidade canalizando seus esforços no sentido ter condições de participar e construir seu saber em forma de discussão, de formas de avaliações, escolhendo recursos didáticos, nos trabalhos em sala de aula, atividades de recuperação, etc.

Sobre a utilidade social do currículo integrado, Santomé descreve:

“Este deve servir para atender às necessidades de alunos e alunas de compreender a sociedade na qual vivem, favorecendo consequentemente o desenvolvimento de diversas aptidões, tanto técnicas como sociais, que os ajudem em sua localização dentro da comunidade como pessoas autônomas, críticas, democráticas e solidárias.”

( Santomé, 1997.p.187)

5.8 - O currículo na Escola Municipal do Rio de janeiro.

A proposta educacional encaminhada a toda Rede Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, inicia um tempo de múltiplas e continuadas ações em benefício das escolas deste município e alunos do primeiro grau.

O documento construído pela Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, no ano de 1996, é intitulado de MULTIEDUCAÇÃO – Núcleo Curricular Básico, que reconhece o precioso e complexo universo desta cidade, suas famílias e seus filhos, seus alunos. Reafirma também, a Escola Municipal de primeiro grau como lugar indispensável para a construção de conhecimentos e valores, com crianças e adolescentes, numa sociedade democrática.

Concebe também o Núcleo Curricular Básico, como eixo em que se articulam os princípios educativos de Meio Ambiente, Trabalho Cultura e Linguagens, com os Núcleos conceituais: Identidade, Tempo, Espaço e Transformação.

“Um Núcleo Curricular Básico, pôr sua própria essência, têm que partir do que é fundamental na interação escola/vida: propiciar ao aluno a apropriação de meios para se situar no mundo em que vive, entendendo as relações que nele se estabelecem, criticando e participando de sua transformação”.

(Multieducação,p.108)

A proposta Multieducação tem como objetivo lidar com os múltiplos universos que se encontram na escola. Múltiplas idéias e visões do mundo, múltiplos contextos e culturas de pessoas e diferentes lugares. Pôr isso, a política educacional expressa pela MULTIEDUCAÇÃO propõe o respeito pela multiplicidade e diversidade buscando as integrações possíveis sem abandonar o direito de todos os alunos às mesmas oportunidades de educação e cultura.

6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Cada escola é uma escola, e sendo assim, cada uma deve se constituir num local único, singular, diferente de todas as outras.”

(Multieducação, 1999,p.217)

Considerando que o planejamento do currículo escolar, significa garantir a todos os alunos o acesso aos mesmos conhecimentos, sem nenhuma forma de privilégio ou discriminação, Mas, significa, ainda, ir além, porque mais do que permitir, encoraja que cada uma das escolas busque sua própria identidade, construindo um projeto pedagógico comprometido com a promoção efetiva de sua comunidade.

. Assim, a base desse projeto, deve estar na construção da identidade escolar, somado as experiências de seus alunos, seus conhecimentos prévios, saber que o aprendizado ocorre no interior do aluno, levando em consideração suas capacidades e aptidões, que esses alunos sejam o centro do processo educativo, buscando o desenvolvimento de forma integral, sabendo que esta educação deverá ser um processo de construção, de um lado os alunos e professores e do outro problemas atuais. Os alunos devem apropriar – se gradativamente do aprendizado, desenvolvendo a autonomia tanto do ponto de vista intelectual, como social e moral.

É primordial também lembrar, que os profissionais vinculados ao sistema educacional tenha o compromisso com a educação e se proponha a repensar a organização dos currículos numa perspectiva de educação diferenciada, possibilitando que esse processo se baseie no lema “aprender a aprender” e que esse currículo não seja uma “utopia”, mas um referencial para construir uma sociedade mais justa, solidária e democrática.

Assim, o currículo deve levar o aluno a compreender a sociedade a qual vive, tendo: unidade, continuidade e flexibilidade. À medida que o aluno constrói seu saber, ganha consciência crítica e responsabilidade. Enfim, esse currículo deve levar o aluno a obter “ferramentas” para construir seu saber.

Já o professor está diretamente comprometido com esse currículo, e nesse enfoque, não só caberá a ele, mas a todos os envolvidos nesse processo, fortalecer a escola como ambiente favorável para o sucesso do aluno. O professor precisa antes de tudo, ter um conhecimento do ser humano, o que lhe permitirá interagir adequadamente e avaliar continuamente o progresso de seus alunos, relacionando – os com a própria ação de ensinar, devendo valorizar, sobretudo, a formação de cidadãos livres, conscientes, participativos, mais do que mera transmissão de conteúdos informativos. É fundamental portanto, que cada professor tenha a possibilidade de refletir sobre as convicções e desejos relacionados à sua prática escolar.

A política educacional é frágil e ainda existem muitas barreiras a serem transpostas devido às atitudes preconceituosas que permeiam as práticas educacionais.

Nessa reflexão, constato que um currículo bem elaborado não é uma “utopia”, devemos estar mobilizados para buscar melhores alternativas pedagógicas para que este seja um instrumento útil para orientar a nossa prática pedagógica, e que nossa parcela de contribuição é pensar uma educação com humildade, uma educação do povo para o povo, uma escola construída com bases: justa, solidária, e democrática.

Na verdade, há muito o que fazer, mudar e construir. a escola é um desafio a cada dia, cada escola é uma unidade autônoma, sendo assim ela é única em seu espaço, o que lhe permite; se organizar, estar aberta as experiências, autocrítica, avaliação, ser um ponto de partida para uma educação significativa, tem de ser a realidade do aluno, para que a sua formação seja sólida, para que esse mesmo aluno não veja a escola como um fim em si própria, mas como um meio de começar a “aprender a aprender” para poder aprender sempre.

7 - BIBLIOGRAFIA

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