sábado, 30 de outubro de 2010

Relatório das atividades de Provérbios

ESTE TRABALHO FIZ COM ALGUMAS COLEGAS E É SOBRE PROVÉRBIOS PARA A DISCIPLINATendências Atuais no Ensino de Língua Portuguesa II . FOI UMA ATIVIDADE PRAZEROSA ONDE CADA ALUNO COM SUA PROFESSORAS PARTICIPARAM ATIVAMENTE EM SALA DE AULA FAZENDO PESQUISAS EM INTERNET, CONVERSANDO COM SEUS PAIS E PESSOAS MAIS VELHAS SOBRE OS TIPOS DE PROVÉRBIOS QUE CONHECIAM.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Educação da Baixada Fluminense

Departamento de Formação de Professores

Curso : Licenciatura das Séries Iniciais e Educação Infantil

Disciplina : Tendências Atuais no Ensino de Língua Portuguesa II

Profª Sônia Sandra de Moura Mundim

Aluna: Cecília Maria Barros de Alcântara

Trabalho apresentado à professora Sônia Sandra de Moura Mundin da disciplina Tendências Atuais no Ensino da Língua Portuguesa ll.

DUQUE DE CAXIAS

JulhO 2004

PROVÉRBIOS: ¨UMA POSSIBILIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E ESCRITA¨.

O presente relatório trata de atividades aplicadas em turmas de 3ª e 4ª séries, de escolas públicas (municipal e estadual) do município de Duque de Caxias, com alunos na faixa etária de 7 a 14 anos.

Uma proposta da Profª Sônia Sandra de Moura Mundim na disciplina Tendências Atuais no Ensino de Língua Portuguesa II, que nos forneceu uma lista de provérbios,para seleção e aplicação em sala de aula, através de atividades diversificadas.

Partindo do pressuposto que o jogo é uma atividade lúdica que ajuda a desenvolver o raciocínio, o pensamento lógico e o relacionamento em grupo, utilizamos vários recursos, para dinamizarmos o estudo dos provérbios, sua interpretação e aplicação na vida prática dos nossos alunos.

A metodologia utilizada por cada professora se diferenciou pelos critérios escolhidos para atender ao perfil, à realidade de cada turma e aos objetivos que cada pretendiam atingir.

v 3ª Série – Profª XXXX – turma com 34 alunos – Escola Municipal XXXX – XXXX – ?º Distrito de Duque de Caxias – Rio de Janeiro.

O trabalho foi desenvolvido em sete momentos:

No primeiro momento solicitei que os alunos pesquisassem no dicionário o significado da palavra PROVÉRBIO. Em seguida, que buscassem o maior número de provérbios que pudessem encontrar, junto aos amigos e parentes. Os alunos trouxeram os seguintes provérbios:

- Quanto maior a nau, maior a tempestade.

- Casa de ferreiro, espeto de pau.

- Água mole, em pedra dura, tanto bate, até que fura.

- Quem não tem cão, caça com gato.

-Cavalo dado, não se olha os dentes.


Um aluno fez uma busca na Internet e trouxe os seguintes provérbios:

· Os últimos serão os primeiros, a tomar bronca pelo atraso.

· Quem nunca comeu melado, nunca vai ter cárie.

· A união faz o açúcar.

· Quem ri por último é retardado.

· Os últimos serão desclassificados.

· Quem cedo madruga, fica com sono o dia inteiro.

· Gato escaldado morre.

· Quando um não quer, o outro vira do lado.

· Sol e chuva vou sair de guarda-chuva.

· Depois da tempestade, vem a gripe.

· Quem espera sempre cansa.

· Água mole, em pedra dura, tanto bate, até que molha tudo.

· Quem casa se estrepa.

· Águas passadas, já passaram.

· Boca fechada, não fala.

Reservei a pesquisa do aluno, para um momento após o trabalho de conhecimento de um número maior de provérbios, a fim de discutirmos esta versão tão bem humorada que veio pela Internet.

No segundo momento, forneci uma listagem com mais trinta provérbios:

· O apressado come cru e quente.

· A pressa, é inimiga da perfeição.

· Macaco velho, não mete a mão na cumbuca.

· Me digas com quem andas, e eu ti direi quem és.

· Quem com porcos se mistura, farelos come.

· O pior cego, é aquele que não quer ver.

· Quem não arrisca, não petisca.

· Olho por olho, dente por dente.

· Em terra de cego, quem tem um olho é rei.

· Depois da tempestade, vem a bonança.

· O choro pode durar uma noite, mais a alegria vem ao amanhecer.

· Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

· Na casa do bom homem, quem não trabalha não come.

· Uma andorinha só, não faz verão.

· Deus ajuda, a quem cedo madruga.

· Os cães ladram, e a caravana passa.

· Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela.

· Nem tudo que reluz, é ouro.

· Achado não é roubado, quem perdeu é relaxado.

· De médico e louco, todos nós temos um pouco.

· Em time que está ganhando, não se mexe.

· Coração do Homem é terra que ninguém passeia.

· Quando você vem com o milho, eu já venho com o fubá.

· Filho de peixe, peixinho é.

· Gato escaldado tem medo de água fria.

· Deus escreve certo, por linhas tortas.

· Quem espera, sempre alcança.

· Cão que ladra, não morde.

· Quem casa, quer casa.

· O peixe morre pela boca.

Após a leitura dos mesmos, analisamos o sentido figurado e a sua aplicação na vida real. Na maioria das vezes, os alunos se detinham no sentido literal sem observar seu significado mais amplo; aos poucos foram percebendo, que as palavras podem ser escritas de maneira singular, porém terem sentidos variados.

No terceiro momento, levei para sala de aula, jogos previamente confeccionados, como: dominó e jogo da memória, que à medida que manuseavam e ou participavam, iam se familiarizando com os provérbios.

No quarto momento, distribuí folhas de ofício e solicitei que fizessem a escolha de um ou mais provérbios para que ilustrassem, segundo o que compreendessem.

No quinto momento, fiz a leitura de várias fábulas e pedi ao final de cada leitura, que dessem uma moral para a mesma, com alguns provérbios que conhecessem ou os que já havíamos estudado. Eis o resultado :

Fábulas trabalhadas / Moral:

· A cigarra e a formiga - Na casa do bom Homem, quem não trabalha não come.

Quem não arrisca, não petisca.

· A raposa e as uvas – A desculpa do cego, é não enxergar.

Quem não tem cão, caça com gato.

· O galo e a raposa - Macaco velho, não mete a mão na cumbuca - Um homem prevenido vale por dois.

· O rato do campo e o rato da cidade. - Cavalo dado não si olha os dentes

  • · Mas vale um pássaro na mão, que dois voando.

  • · A galinha dos ovos de ouro - Quem muito quer, nada tem - Nem tudo que reluz, é ouro
  • · O lobo disfarçado - A mentira tem perna curta. Gato escondido com o rabo de fora

No sexto momento, solicitei que produzissem suas próprias histórias, cuja moral fosse algum provérbio.

Finalizando o trabalho, retornamos à listagem pesquisada na Internet para que os alunos identificassem a versão original e percebessem a interpretação bem humorada dos mesmos.

Como resultado, (acredito positivo) nossas aulas, tornaram-se um recitar de provérbios para todas as situações. A preferida deles é quando cobro as atividades não cumpridas, prometendo tomar o horário do recreio para o seu cumprimento, eles gritam logo: _ “Escreveu não leu, o pau comeu”.

v 4ª Série – Profª XXXX – turma com 39 alunos – Centro Integrado de Educação Pública – CIEP XXX – XXXX - Estadual - XXXX – ?º Distrito de Duque de Caxias – Rio de Janeiro.

O trabalho foi dividido em sete passos:

I – Pesquisa prévia sobre os provérbios (cada aluno pesquisou junto a livros, pais e pessoas próximas que os relataram alguns provérbios conhecidos). Solicitei que fossem escrito no mínimo, dez provérbios por aluno .

II _ Ao recolher as pesquisas, fizemos a leitura de todos os provérbios. Logo após selecionarmos as frases que seriam trabalhadas nas diferentes formas : leitura ,interpretação e compreensão.

III _ Relação dos provérbios selecionados:

1. Enquanto ele vai com o milho, eu vou com o fubá.

2. Quem tem telhado de vidro, não atira pedra no dos outros.

3. Mulher de bigode nem o diabo pode.

4. Mas vale um pássaro na mão, do que dois voando.

5. Quem não tem cão, caça com gato.

6. De grão em grão, a galinha enche o papo.

7. Cada macaco, no seu galho.

8. Quem vê cara, não vê coração.

9. Olho por olho, dente por dente.

10. Filho de Peixe, peixinho é.

11. Água mole, em pedra dura, tanto bate, até que fura.

12. Um dia é da caça, o outro é do caçador.

13. Quem casa, quer casa.

14. Nem tudo que reluz é ouro.

15. Onde há fumaça, há fogo.

16. Uma mão lava a outra, e as duas lavam o rosto.

17. Som se atira pedras, em árvore que dá frutos.

18. Roupa suja se lava em casa.

19. De barriga de mulher, de cabeça de juiz e de boca de urna, não se sabe o que sai.

20. Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

Houve um retorno muito bom por parte dos alunos, pois após um breve diálogo sobre o assunto proposto e o significado de cada um dos provérbios, o interesse cresceu. Dialogamos bastante sobre cada uma das frases escritas e percebemos que elas são comuns de leste a oeste, de norte a sul do nosso país.

De posse dos conhecimentos prévios, começamos a montar essas frases, em partes, para que formassem um dominó.

IV _ Confecção do dominó.

Material utilizado: Tesoura, cola, emborrachado e papel ofício.

V _ Utilização do material, numa atividade lúdica e prazerosa.

VI _ Interpretação.

Os mesmos provérbios foram distribuídos para que fosse feita a leitura. O trabalho foi realizado em dupla (pedi que cada dupla lesse) e de posse de revistas e jornais que foram pedidos com antecedência, ilustrassem os provérbios recebidos. Houve um bom retorno, observei que após todo o processo anterior, eles não tiveram dificuldades para essa atividade proposta.

VII _ Compreensão:

Trabalho realizado individualmente; solicitei que fosse tirada a moral dos seguintes provérbios:

1. De grão em grão, a galinha enche o papo.

2. Mulher de bigode: nem o diabo pode.

3. Uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto.

4. Água mole, em pedra dura, tanto bate, até que fura.

5. Quem não tem cão, caça com gato.

Houve discussão entre os alunos, que crescia e aguçava a curiosidade da turma, os auxiliei bastante. O resultado de todas as etapas foi prazeroso.

OBS: Dentro de uma turma com 39 alunos, apenas 07 encontraram dificuldade para a realização das atividades.

BIBLIOGRAFIA

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Mini Aurélio Século XXI Escolar: O mini dicionário da língua portuguesa, RJ: Nova Fronteira, 2001.

LIMA, Regina Célia Villaça e PINTO, Gerusa Rodrigues. O Dia – a - Dia do Professor – Pré Escolar, vol. 7, Belo Horizonte, FAPI: (s/d).

PINTO, Gerusa Rodrigues e PINTO, Francês Rodrigues. O Dia – a – Dia do - Professor Datas Comemorativas, Projetos e Murais. Vol. 6, Belo Horizonte, FAPI: 2000.

Revista Nova Escola, set/99, Adriana Vera e Silva, ¨Como diz o velho ditado...¨

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